Afinal como podemos descrever essa pseudociência?
Segundo uma pesquisa rápida, Ufologia é o conjunto de assuntos e atividades associadas com o interesse em objetos voadores não identificados - OVNI, que têm sido objeto de várias investigações ao longo dos anos por governos, grupos independentes e cientistas.
Parece uma descrição simplista, mas de forma geral atende às expectativas para quem pesquisa assuntos relacionados. É claro que ufologia cresceu muito e a cada dia atrai mais adeptos, subdividiu-se em muitas ramificações:
Ufologia Científica
Esta Ufologia está relacionada em pesquisas as quais possam ser analisadas e mensuradas por estudos já aceitos pela ciência acadêmica, é justamente a corrente que procuramos abordar nesse grupo (C2PU). Suas principais fontes de pesquisa aqui são evidências, as próprias marcas, rastros deixados por esses seres sobrenaturais, análise profunda das fotos e filmes dos UFOS, relatos das testemunhas em referência às aparições.
Ufologia Mística/Esotérica
Este campo de pesquisa tem muito a explorar sobre o estudo dos UFOS, já que é uma vertente aberta a diferentes conceitos e análises, trazendo consigo a própria bagagem de sabedoria em relação à espiritualidade como um todo, portanto, uma visão espiritual sobre esses seres sobrenaturais está bem acentuada. De fato, os místicos e esotéricos acreditam sim na evolução espiritual do planeta e com isso formam a ideia de que existem diferentes dimensões, seres dos quais ainda não conhecemos. Eles estudam a fundo como a realidade realmente funciona levando em consideração as possibilidades existentes, mesclando assim sabedoria de tradições antigas, dogmas científicos, filosóficos, religiosos.
Ufologia Holística
Este estudo une as duas vertentes: tanto a linha científica quanto a linha mística/esotérica. Somando de fato essas linhas existentes, dizem ser possível apurar o tema com uma visão ampla, sem preconceitos, sem críticas, expandindo assim a consciência de análise não somente sobre os UFOS, mas também outros fenômenos considerados ainda inexplicáveis aos nossos olhos.
Obviamente existem ainda outras correntes, mas considero que sejam derivações das apresentadas. Além disso, existem ainda os pesquisadores em suas linhas de raciocínio que não são adeptos a nenhum desses campos de estudo citados. Eles buscam sempre evidências em suas análises de que não recebemos visitas de seres extraterrestres, explicam que as aparições são fenômenos considerados naturais, pura enganação ou ainda como falsas interpretações.
Mas o objetivo desse artigo não é entrar nos méritos das “qualidades” de cada área de atuação dentro das premissas ufológicas. A minha intenção aqui, será a de refletir sobre qual será o futuro da ufologia em nosso contexto social.
Já consideramos que independente das correntes com diferentes pontos de vista, acerca dos estudos ufológicos, todos claramente se focam em pesquisar sobre as observações e interações entre humanos e seres “de fora”. É claro que cada corrente ufológica irá trazer à tona, diversas possibilidades de interpretação, mas as questões a serem respondidas, podem ser as mesmas, como:
Quem e ou como são eles?
De onde, quando ou porque vieram?
Quais os interesses deles sobre nós?
Existe alguma relação entre a própria existência humana com seres “de fora”?
Como se deslocam pelo cosmos?
Imagino que essas sejam algumas das mais importantes questões que a ufologia visa e busca responder. Não é nada fácil responde-las de forma resoluta, sem sombra de dúvida, de forma finalmente direta, aberta e sem restrições ou possibilidades filosóficas de interpretações.
Mas vamos criar o seguinte cenário, em um dia qualquer, dezenas de naves alienígenas entram em nossa atmosfera e passam a sobrevoar diversos espaços aéreos restritos e finalmente sessam seus movimentos em cidades importantes, locais militares estratégicos e grandes capitais pelo globo. Todos nós já vimos ou lemos essa história, dezenas de vezes...foram livros, filmes e séries que já abordaram isso exaustivamente. De forma geral, sempre surge um conflito, em muitos níveis e proporções imagináveis.
Mas e se...não houvesse conflito, e se...pudessem responder à todas essas questões demonstradas e talvez muito mais?! E se nossas civilizações humanas fossem capaz de agir de forma madura e pacífica e os interesses desses visitantes, fossem restritamente benéficos?
É claro que é um cenário bem pouco provável unilateralmente, mas de forma alguma deixa de ser possível! E se “lá fora” fosse exatamente como aqui? Onde existem todas as gamas e possibilidades de escolhas e intenções. Ou seja, existem as intenções egoístas, individualistas, gananciosas, destrutivas, bem como intenções altruístas, generosas e construtivas.
Imagino que se assim fosse, as respostas procuradas pela ufologia, finalmente atenderiam à própria busca em si dessa pseudo ciência, os objetivos de estudos estariam completos, as dúvidas sanadas, as histórias contadas e as compreensões conquistadas...Seria o fim da ufologia? Poderíamos tomar como parâmetros finais, o que havia nos sido apresentado? Ou seguiríamos a nossa busca, agora com possivelmente muito mais informações e conhecimentos?
Eu compreendo que se esse cenário realmente ocorresse, poderíamos então falar em evolução da ufologia, para algo maior talvez, como a exopolítica por exemplo. Agora nossas dúvidas seriam outras...como poderíamos nos beneficiar dos conhecimentos e compreensões divididos conosco, de forma mútua? Como seriam as relações de coexistência de humanos para com esses seres, aqui em nosso planeta e possivelmente a nossa para com eles, em seus locais de origem? Estabeleceríamos leis e ou direitos e deveres mútuos? Tratados e intercâmbios? Receberíamos mão de obra e matéria prima “de fora” e nos permitiríamos ao mesmo? E se descobríssemos, que eles já estão interagindo nesse planeta, muito antes de nossa espécie, continuaríamos a nos considerar os donos do planeta?
São muitas mesmo, as novas questões que surgiriam...haveríamos então rompido uma etapa existencial ainda repleta de dúvidas e incertezas do agora, para preenche-las com novas dúvidas e incertezas do amanhã!
Exopolitica
A Dra. Monica Borine - Em 15 de Outubro de 2009, um comitê de Exopolítica realizou um encontro onde foi aprovada uma definição para Exopolítica. Nesse encontro estavam presentes: Come Carpentier (Índia); Neil Gould (Hong Kong); Paola Harris, M.Ed.(USA/Itália); Robert Fleischer (Alemanha); Manuel Lamiroy, Lic. Juris (Africa do Sul); Pepón Jover del Pozo, M.Sc. (Espanha); Michael Salla, Ph.D. (EUA/Australia); Victor Viggiani, M.Ed. (Canadá). Segundo eles, ...
chegaram a seguinte definição: “Exopolítica é um campo científico interdisciplinar, com suas raízes nas ciências políticas, que se concentra na investigação, educação e políticas públicas, instituições e processos, associados com a vida extraterrestre, bem como a vasta gama de implicações que isso acarreta através do direito público e paradigmas emergentes" “Exopolítica é a convergência de uma nova ciência interdisciplinar, um movimento político internacional e um novo paradigma, envolvida com ampla gama de implicações de vida extraterrestre”.
Primeiramente, investigação se refere à pesquisa e essa implica metodologias, dados, análises e resultados para compreensão do objeto de estudo proposto, que no caso se trata da existência e realidade da vida inteligente extraterrestre. Em relação à educação, podemos aludir que se refere à orientação ao público, ao esclarecimento, a promover o conhecimento especificamente sobre a possibilidade da realidade da existência de vida extraterrestre inteligente e a interação com a humanidade. A necessidade de paradigmas emergentes, mudanças públicas serão necessárias em função desse advento assim como preservar o direito do cidadão frente ao fenômeno. Perguntas poderão ser feitas como:
Quem é ou será responsável por qualquer sequela que haja, seja física ou psicológica à população em função desse advento?
O Estado vai proteger o cidadão?
Quais os novos direitos e deveres do cidadão em relação ao possível evento de contato da humanidade oficialmente estabelecido com os extraterrestres?
E durante o evento?
E após o evento?
Onde se enquadra a questão dos direitos dos ETS?
Os alienígenas serão considerados dentro de um protocolo nacional, ou melhor, global como estrangeiros e tratados como tal?
Ou será necessário criar um novo padrão de interação para nós terráqueos que seremos os anfitriões?
Uma relação pacífica implica em limites, diplomacias, bom senso. É necessário que o Direito e a Jurisprudência como entendemos hoje dêem um passo avante possivelmente com o Exodireito, cuidando dessa interação. Assim, como as demais ciências emergentes para dar conta da inovação dentro do novo paradigma. Parece que o contato é iminente, devido à grande manifestação de OVNIS no planeta Terra na atualidade, intensificada após a década de 40 com a queda do OVNI no Novo México nos EUA e também o aumento dos casos de pessoas que se dizem contatadas e abduzidas por alienígenas. Será que o desenvolvimento da tecnologia que levou o homem para o espaço e consequentemente desenvolveu tecnologicamente em vários segmentos da humanidade, e a criação de armas potentes de destruição em massa esbarrou com os limites dos alienígenas?
Não sabemos qual ou quais serão as primeiras raças a se fazerem presentes perante a humanidade formalmente, certamente haverá um porta voz assim como nós elegeremos um dos nossos representantes num primeiro contato oficial. Acreditando que esse encontro seja dentro do âmbito ao qual os seres humanos estão acostumados isto é, dentro de uma formalidade (com uma linguagem e comunicação que a humanidade compreenda).
Esse encontro será no modelo tradicional ou não?
Um estudo sobre possíveis cenários do contato com raças alienígenas foi realizado na Filadelfia, EUA, “Would Contact with Extraterrestrials Benefit or Harm Humanity? A Scenario Analysis” (Baum, Haqq-Misra, Shawn, Goldman, 2011). Esse estudo apontou diversos cenários para esse momento, seus autores fizeram alusões à respeito de como será a reação da população em diversos casos demonstrando que mais estudos são necessários para uma conclusão efetiva.
A Exopolítica está preocupada com as implicações que podem ocorrer para a humanidade em geral, porque conhece que os modelos adotados em diversas áreas do conhecimento em grande parte se tornarão obsoletos e alguns deles poderão ruir. É necessário criar novas metodologias, modelos e ciências para dar conta da grande demanda dessa nova realidade – “a realidade do contato direto de alienígenas com a humanidade”. Isso trará implicações profundas, a necessidade de se reescrever a história.
Será então que talvez a ufologia pode se transformar em uma temática de estudos, composta por diversas cadeiras científicas humanas, se transformando finalmente em uma das mais multidisciplinares ciências humanas? Um momento em que nos depararemos não apenas com as nossas questões pontuais sobre fronteiras e raças humanas, mas primordialmente também para com questões maiores, como a espécie humana e sua inserção no cosmos?
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