4 de julho de 2018

Levitacao acustica

Estruturas megalíticas encontradas em muitos lugares ao redor do mundo tem gerado, nos poucos anos relativos de existência da arqueologia, controvérsias sobre como foram erguidos.

Os arqueólogos convencionais, que rejeitam a possibilidade de avançadas civilizações terem existido em um passado remoto insistem que estas construções foram feitas com ferramentas primitivas e força bruta.

Algumas destas estruturas ou partes delas, de fato, podem ter sido realizadas assim; porém, a maioria dos engenheiros, especialistas, consideram a tarefa, em termos primitivos, humanamente muito difícil ou mesmo improvável, mesmo nos dias que correm, com o auxílio das mais sofisticadas tecnologias disponíveis. A magnitude dos blocos de pedra é tal que muitos cientistas cogitam se não teriam sido deslocados por meio de alguma "tecnologia da levitação".

Ollantaytambo e Sacsayhuaman, duas fortalezas situadas nos Andes peruanos, consistem em ciclópicas paredes constituídas de blocos de pedra poligonal perfeitamente encaixados, alguns pesando 120 toneladas ou mais.

Os blocos usados em Ollantaytambo foram transportados de uma pedreira localizada no topo de uma outra montanha, há 11 km de distância de terreno acidentado, passando por canion com 305 metros de altura de pura rocha na vertical!

As ruínas de Tiahuanaco (Tiwanaku), próximas ao lago Titicaca, na Bolívia, são encontrados blocos de 100 toneladas que foram transportados por 50 km. Os nativos locais, índios Aymara, contam que o complexo foi construído no "começo dos tempos" pelo deus-fundador da civilização, Viracocha e seus seguidores, que fizeram as pedras "viajar através do ar ao som de uma trombeta ou clarim".

Outra versão diz que foi usado um "fogo do céu" que tornava as enormes tão leves que podiam ser manuseadas como se fossem de cortiça! Na tradição dos Maias, o complexo de Uxmal, na península de Yucatan foi construído por uma raça de anões que podiam mover as pedras emitindo um zunido, um silvo, como assobio.

Lendas sobre um poder oculto empregado para transportar e encaixar blocos de pedra são um "fato mítico" universal. Na Micronésia, a tradição diz que a cidade megalítica de Nal Madol, ilha de Pohnpei, foi construída pelos deuses-reis Olosopa e Olosipa, que usaram poderes mágicos para fazer pedras enormes "voar pelo céu como pássaros".

Na ilha da Páscoa, os gigantes de pedra, os Moais, muitos dos quais tem a altura de um prédio de três andares, teriam sido sustentados e movidos por magos ou sacerdotes que usaram mana - o poder da mente para fazer as pedras "andarem e flutuarem no ar".

Historiadores da Grécia antiga contam que as paredes da antiga cidade de Tebas foram construídas por Anfião, filho de Júpiter, que moveu rochas monumentais com "a música de sua harpa": pedras e animais seguiam Anfião encantados com a música.

Em outra versão: Quando ele tocava sua lira de ouro, o som límpido e alto comoveu duas pedras grandiosas, que seguiram seus passos. Mas'di, historiador árabe do século X (anos 900) relata que, para construir as pirâmides os egípcios inseriam um papiro entre os blocos e, então, tocavam um instrumento produzindo um "som" que fazia as pedras se erguerem no ar 86 metros!

Os feitos dos construtores egípcios causam espanto aos investigadores ortodoxos que não podem admitir que a levitação tenha sido empregada. A cobertura da Câmara do Rei, na Grande Pirâmide (Gizé), encaixada há 61 m de altura, consiste em uma enorme viga de granito pesando mais de 70 toneladas.

Os maiores templos do platô, dois próximos à Esfinge, e aqueles ao lado da segunda e da terceira pirâmide possuem blocos de calcário gigantescos pesando entre 50 e 200 toneladas ajustados uns em cima dos outros. O maior tem 9 metros de comprimento (profundidade), 3,6 metros de largura e 3,6 de altura. Atualmente, poucos guindastes no mundo são capazes de erguer objetos de 12 toneladas ou mais.

BAALBEK

Os maiores blocos de pedra usados em uma estrutura feita pelo homem encontram-se na antiga plataforma do templo romano de Júpiter, em Baalbek ("cidade de Baal"), Líbano. O templo foi erguido sobre ruínas muito mais antigas, cananitas outras ainda mais velhas, edificadas por uma cultura completamente desconhecida.

A lendas e crenças populares relacionam Baalbek ao rei hebreu Salomão, filho de Davi, a quem são atribuídas façanhas extraordinárias. Baalbeck teria sido construída por meio de magia, erguida por djins, gênios, comandados por Salomão. Outra versão diz que o templo mais antigo foi construído por Salomão para a "rainha do sul", chamada Belkis, filha de faraó e identificada como a bíblica e misteriosa rainha de Sabá.

A plataforma de base é encaixada em uma bem conservada e ciclópica parede. Três pedras colossais, conhecidas como Trilithon, pesando 1.000 cada uma, encaixam-se tão perfeitamente que nem uma faca pode ser introduzida entre elas. Na pedreira, situada a meio quilômetro de Baalbek, existe um quarto bloco, pesando cerca de 1.200 toneladas. Este bloco começou a ser cortado porém, o trabalho foi interrompido por alguma razão desconhecida.

Entre Baalbek e a pedreira não há sinal de estrada, rampas nem qualquer inscrição que forneça alguma informação sobre como a plataforma foi construída.

A lenda árabe diz que a primeira cidadela de Baalbek foi construída antes do Dilúvio e reconstruída por uma raça de gigantes. O historiador fenício Sanchoniatho relata que a primeira cidade do Líbano foi Biblos, fundada pelo deus Ouranus, que edificou as ciclópicas estruturas com seu poder de fazer moverem-se as pedras como tivessem vida própria.

LEVITAÇÃO: OS MONGES TIBETANOS

Nos anos de 1950, o engenheiro suíço Henry Kjellson registrou as experiências de dois viajantes que teriam testemunhado demonstrações de tecnologia "sônica" no Tibet.

Visitando um monastério tibetano situado ao sul de Lhasa, capital do país, o sueco Dr. Jarl, foi levado a um prado onde havia um enorme penhasco. Cerca de 250 metros acima da face do penhasco havia a entrada de uma caverna na frente da qual existia uma beirada, terraço onde os monges estavam construindo uma parede de pedra.

Meio enterrada no solo, a 250 m do penhasco estava uma grande rocha em formato circular. Esta pedra tinha 1,5 m de comprimento, 1 m de largura e 1 m de profundidade.

Os monges com 19 instrumentos musicais, 13 tambores e 6 trombetas dispuseram-se na linha de um arco em uma angulação de 90°, a 63 metros de distância da grande pedra...

Um dos monges começou a cantar e tocar um pequeno tambor no que foi seguido pelos outros instrumentos. Outros duzentos monges também se dispunham ordenadamente atrás do arco dos músicos.

Em quatro minutos, a pedra começou a mover-se, oscilando, até que flutuou e começou a seguir na direção da borda do penhasco até que "pousou" no lugar determinado. O trabalho continuou movendo entre 5 e 6 pedras por hora. O papel dos 200 monges que secundavam os instrumentistas não ficou claro mas, ao que pareceu, eles estavam ali concentrados em um tipo coordenado de psicocinese.

A segunda testemunha foi o austríaco Linauer que viveu durante algum tempo em um mosteiro tibetano nos anos de 1930. Ele viu a demonstração do poder de dois curiosos instrumentos que anulavam o peso dos objeto se, por conseguinte, anulavam a força da gravidade.

O primeiro era um gongo extremamente largo, com 3,5 m de diâmetro, composto de um circulo central recoberto por um ouro muito leve, seguido de um anel de puro ferro e, finalmente, um anel de latão extremamente duro. Quando tocado, o gongo produzia um som muito baixo, suave e de curta duração, cessando quase imediatamente depois do toque.

O segundo instrumento também era composto de três diferentes metais. Era um instrumento de cordas. Tinha forma de uma meia concha medindo 2 m de comprimento e 1 m de largura.

As cordas eram esticadas longitudinalmente sobre a cavidade, do centro. As cordas emitiam uma ressonância inaudível ao toque do gongo. Os dois instrumentos eram usados em conjunto com um par de telas largas dispostas como lados de um triângulo.

Ao vibrar do gongo, tocado seguidamente com um bastão, produzindo som de baixa freqüência, um monge conseguia erguer um enorme bloco de pedra usando apenas uma das mãos.

Linauer foi informado que, deste modo, os ancestrais daqueles monges haviam construído os gigantescos muros que circundam o Tibete e aqueles instrumentos também tinham o poder de desintegrar a matéria física.

Keely & Leedskalnin:

John Ernst Worrell Keely (1827-1898), de Filadélfia, foi um pesquisador dos segredos do som. Passou 50 anos de sua vida desenvolvendo e aperfeiçoando inventos que usavam a força simpatética vibratória ou força etérica para fazer levitar objetos.

Suas demonstrações em laboratório impressionaram cientistas e curiosos. Keely queria produzir sua "máquina" em escala comercial mas o projeto não vingou porque o invento de Keely somente funcionava em conjunto com as peculiares vibrações do próprio corpo do operador; ou seja, não era suficiente ter a máquina, era preciso "treinar" operadores em uma habilidade que Keely possuía mas não sabia como, porquê, de que tipo era ou como desenvolver a faculdade em outras pessoas, técnica que, ao que parece, foi bastante conhecida entre os monges tibetanos.

Mais recentemente, Edward Leedskalnin afirmava conhecer o segredo da construção das pirâmides e de outros megalitos. Ele viveu em um palácio chamado Coral Castle, próximo a Miami, Flórida. O castelo foi construído pelo próprio Leedskalnin com gigantescos blocos de coral pesando mais de 30 toneladas.

LEVITACAO HUMANA

Existem registros de ao menos 200 casos de levitação entre religiosos cristãos, grande parte deles canonizados (santos). O fenômeno, muitas vezes testemunhado por inúmeras pessoas, quase sempre involuntário, acontecia durante o êxtase místico das orações e da meditação. No século XVI, Santa Teresa D'Ávila levitou diante de testemunhas em diversas ocasiões.

Outras freiras tentavam trazer Santa Teresa de volta ao chão mas os esforços eram inúteis. Também o franciscano do século XVII, São José de Copertino, levitava durante os ofícios religiosos. Durante 35 anos ele foi impedido de freqüentar as missas e celebrações públicas. O prodígio de Copertino fez com que o Duque Brunsmick abandonasse o luteranismo convertendo-se ao cristianismo católico depois de testemunhar o "vôo" de são Copertino.

Os anais do século XIX contêm muitas referências à levitação de pessoas bem como de mesas, cadeiras e outros objetos, que pareciam, simplesmente, ter "perdido" o peso. O médium Daniel Douglas Home foi um famoso "levitador". Sua primeira levitação ocorreu em agosto de 1852, quando, subitamente, ele foi alçado ao ar. O próprio Home fico assustado e emocionado. O fenômeno se repetiu e logo, Home conseguia se erguer do chão até o teto de um aposento. Com o tempo, Home dominou a levitação e levitava quando queria.

O "mágico" Harry Kellar conta que 1870, durante uma viagem pelo mundo, viu um curandeiro zulu (África) flutuar durante um transe. Em 1882, Kellar conseguiu realizar a mesma proeza com o auxílio do médium William Egliton que, não somente levitou como levou consigo Kellar, agarrado ao seu pé.

A médium italiana Eusapia Palladino não só levitava com produzia o efeito contrário: ao invés "suprimir o peso" de um objeto, como uma mesa ou um baú, tornando-o tão pesado que ninguém podia movê-lo.

Os poderes paranormais de Eusapia foram investigados por cientistas europeus no século XX. Camille Flamarion, astrônomo francês, depois de testemunhar os feitos da médium declarou que a levitação era algo mais que um fenômeno de magnetismo simples ou força de atração magnética. Muitos outros exemplos podem ser citados: no Brasil, nos anos de 1920, o médium brasileiro Carlos Mirabelli; na África do Sul, em 1906, a adolescente Clara Germana Cele.

Em meados do século XIX, Louis Jacolliot, chefe de justiça de Chandernagore, viajou por toda a Índia para aprender mais sobre os maravilhosas capacidades dos faquires. Ele testemunhou muitos fenômenos extraordinários. Em Varanasi (Benares), encontrou o faquir Covindasamy, que realizou vários feitos paranormais entre os quais, a levitação. Covindasamy podia ficar suspenso por 20 minutos ou mais.

O jornalista americano John Keel, em viagem a Sikkim, 1950, encontrou um velho lama que demonstrou sua habilidade em levitar: "Colocando a mão no alto de seu bastão de 1,5m e lentamente foi-se elevando do chão enquanto mantinha suas pernas cruzadas"; e o lama continuou a conversar daquele modo, suspenso no ar.

O QUE DIZ A CIENCIA?

Fazer objetos levitarem somente com o som parece ficção científica, mas não é. A levitação acústica é uma área pesquisada há algumas décadas com pequenas partículas, mas somente nos últimos anos está tendo resultados positivos com massas muito maiores. Diversos centros de pesquisas pelo mundo estão, cada vez mais, trabalhando com a levitação acústica. Enquanto estive no ICSV 24 (International Congress on Sound and Vibration) tive o prazer de conhecer e conversar um pouco com o Prof. Dr. Marco Aurélio Brizzotti Andrade que é professor da USP no instituto de física. Ele concedeu uma entrevista, a qual trago aqui pra vocês. Prof. Marco falou um pouco sobre a experiência dele na área de levitação acústica e de sua visão sobre a educação e pesquisa no Brasil. Mas antes vamos ver melhor como funciona a levitação acústica.

AFINAL, O QUE E A LEVITACAO ACUSTICA?

Um dos primeiros levitadores acústicos foi descrito na literatura científica em 1933 por pesquisadores alemães. O levitador acústico é composto de duas partes, um emissor de onda sonora e um refletor. O emissor, semelhante a um alto-falante, emite uma onda que irá encontrar o refletor e ela será refletida. Nisso haverá uma superposição de ondas, da incidente com a refletida, gerando uma onda estacionária. Esta última possui diversos nós e anti-nós de pressão. Assim que entra a “mágica”, existe um fenômeno chamado força de radiação acústica que empurra a partícula para o nó, podendo assim vencermos a força gravitacional e levitar o objeto. O princípio por trás da flutuação das partículas continua similar para a maioria dos levitadores atuais.

O problema é que ao gerar a ressonância o transdutor e o refletor precisam ficar separados por uma distância específica. O valor precisa ser um múltiplo de meio comprimento de onda. Essa regulação torna difícil o transporte de partículas, pois qualquer movimento de uma das partes do equipamento interrompe a ressonância e, consequentemente, a levitação.

CONHECA A OPINIAO DE QUEM TRABALHA NO ASSUNTO:

Além da levitação acústica conversamos um pouco sobre como está a pesquisa no Brasil. Algumas áreas da acústica já se encontram em níveis internacionais mas boa parte delas ainda deixa a desejar. Para nos elevarmos à níveis internacionais devemos incentivar a pesquisa e o estudo desde a base educacional (ensino fundamental/médio). Essa busca não é somente na escola, hoje em dia deve-se sempre pesquisar além, como em artigos, livros e na internet. Você pode ver a entrevista completa com o Prof. Marco logo abaixo





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