“No documento de base, destacamos os princípios subutilizados do pensamento econômico-teórico existente que podem ajudar governos a canalizar as economias na direção de atividades que causem uma carga radicalmente mais leve sobre os ecossistemas naturais e, simultaneamente, garantem oportunidades mais iguais para uma boa vida humana. Nosso foco está no período de transição, nas próximas décadas”, disseram os autores do estudo em comunicado à imprensa.
O fim da energia barata
Segundo os autores, estamos próximos do fim da era da energia barata e, com isso, as economias mundiais precisarão se esforçar mais para conseguir manter as atividades humanas. Além disso, como a economia mundial já usa toda a capacidade dos ecossistemas do planeta de lidar com os dejetos gerados pela utilização de energia e materiais, os custos irrecuperáveis também estão avançando – o mais óbvio sendo as mudanças climáticas.
Enquanto alguns economistas defendem a taxação da pegada de carbono como uma ferramenta para abordar a questão das mudanças climáticas, grupos de pesquisa de ciências naturais defendem que uma mudança bem mais profunda. “Pode-se dizer com segurança que nenhum modelo econômico amplamente aplicável foi desenvolvido especificamente para a próxima era”, afirmam os autores. Para eles, as mudanças necessárias – de infraestrutura de cidades, hábitos de consumo e produção de energia – são drásticas demais para ficarem apenas a cargo do mercado.
Além do descontrole no uso de recursos naturais e descarte dos dejetos, eles destacam que nosso sistema econômico atual está fazendo aumentar a lacuna entre ricos e pobres. Como consequência, aumentam os índices de desemprego e endividamento, o que desestabiliza ainda mais a sociedade.
O documento foi escrito por pesquisadores de campos ambientais, como o cientista de ecossistema Jussi Eronen, da Universidade de Helsinque, bem como pesquisadores econômicos, empresariais e de filosofia, como o economista Paavo Järvensivu, da unidade de pesquisa independente BIOS.
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