O que estiver ao nosso alcance vai se revelar!
Sera observado, testado, estudado, pesquisado, demonstrado e por fim compreendido
A dúvida é justamente um dos maiores alicerces da inteligência humana, não há o menor problema em se dizer: (Não sei!)
Os problemas surgem mesmo, quando começamos a preencher as lacunas daquilo que ainda não compreendemos, com "achismos", crenças, subjetivismos e filosofias meramente retóricas!
Gerar questões, mesmo que saibamos que não podemos respondê-las ainda, com certeza é mais producente que fabricar respostas agradáveis.
Sejamos e estejamos sempre críticos e abertos para muitas e novas possibilidades! Mas jamais nos deixemos enganar ou mesmo seduzir, por conceitos vazios e que apenas se sustentam mediante o desejo individual do conforto que as "certezas" absolutas e imutáveis trazem...
Você pode e deve acreditar absolutamente no que quiser, para mim, esse é um direito que inclusive está além de qualquer constituição, seja ela democrática ou não! De qualquer maneira, apenas a crença em si não gera fatos!
Passamos grande parte de nossa existência humana conhecida, buscando por salvação, por redenção, por purificação, perdão...por entidades mágicas, que nos vigiem, nos guardem e que muitas vezes nos salvem de nós mesmos...buscamos além dos nossos atos e conceitos, por validação, por integração, por aceitação.
Mas será que somos também capazes de nos salvar, nos perdoar, nos guardar, nos validar, integrar e aceitar? Tudo isso não deveria partir de dentro de nós mesmos?
Porque quase sempre buscamos muito mais de fora para dentro, do que de dentro para fora?
Sim, o medo e a dúvida causam uma reação exacerbada em um grande número de humanos, por todo o globo. Grande parte de nós, passa a vida de joelhos em frente à imagens de representações iconográficas de "seres" salvadores. Buscam também por um momento mágico que conforte nossa existência em vida, na morte e após a vida!
O ceticismo exacerbado pode cegar, mas quando equilibrado e lógico, também pode trazer clareza, conhecimento e aprendizado! No mundo que me cerca, composto por matéria, onde posso tocar e interagir, portanto definir, justificar, demonstrar e razoavelmente explicar, não vejo magia!
Simplesmente não vejo de forma clara, pessoas praticando feitos mágicos e também não posso ver, medir, quantizar ou "qualitar", nenhuma interferência divina...o que vejo são doenças, doentes e médicos; rios, pontes e engenheiros; veículos, controladores e mecânicos; paredes, casas e pedreiros; plantas, comidas e agricultores; vejo a terra, o céu e a água, bem como sinto o vento, o fogo e o gelo...vejo alguns seres humanos, focados e producentes, superando-se dia a dia, baseando-se em pesquisas e inovações físicas ou conceituais, para melhorar nossa própria existência nesse planeta! Vejo pessoas abrindo mão de suas vidas sociais e familiares, para trazer o conforto real que podemos ter aqui e agora!
Eu não descarto possibilidade alguma, prefiro também perguntar mais vezes: porque não? Que o velho e muitas vezes castrador: Porque?
Ainda assim, prefiro deixar o desconhecido e as possibilidades ainda incompreendidas, no campo das dúvidas, é frio mas é honesto! Quando e se formos capazes de lidar de forma clara, um dia, com existências, forças e energias não materiais, aí sim poderemos trazer isso para o nosso dia a dia, nossa vida prática. Até lá, prefiro me apegar ao que esteja mais próximo de minhas capacidades cognitivas e portanto de compreensão e utilização factível.
Não há magia nessa terra, nada que possa ser corroborado e justificado além da filosofia ou ficção, aqui somo responsáveis pelo que somos, temos, pelo que construímos e pelo que destruímos, ainda fico com Arthur C Clarke: "Qualquer tecnologia suficientemente avançada, parece ser mágica!"
As dúvidas mais pragmáticas de nossa existência conhecida, parecem perturbar e muitas vezes extinguir o raciocínio lógico; De onde viemos? Para onde vamos quando morremos? Qual é o sentido da nossa existência? Essas dúvidas, ainda fazem com que pessoas deixem de questionar e passem a encontrar o refúgio e o conforto de algumas "certezas" absolutas, muitas vezes fomentadas e massificadas, por filosofias retóricas que apenas dependem da crença individual! Mas isso é congruente com uma realidade mais factível e descontextualizada filosoficamente?
Em que estamos mais interessados de fato, em acreditar, ou em saber? Do que temos tanto medo afinal?
O medo das mazelas da vida, o medo da morte em si e o medo do que poder haver depois, fazem com que muitos ainda busquem por respostas, nas mais adequadas, práticas, rápidas, fantásticas e confortáveis filosofias!
Prefiro sempre a frieza da vida, a solidão da morte e a incerteza do que pode ocorrer após a própria vida...é claro que também sinto medo, mas não posso permitir que estórias bonitas e reconfortadoras, sobreponham a lógica e a razão...claro que as dúvidas podem consumir, mas não vejo sentido algum em me render à respostas fabricadas e não validadas! Não me sinto na obrigação de cair de joelhos perante nada e nem ninguém!
Confio nas capacidades humanas para descobrir, compreender e criar, tanto quanto temo as mesmas capacidades que temos em desinformar, enganar, iludir, manipular e destruir!
Não sei se o dia de amanhã, será melhor que o de hoje, o que sei é que vai depender de nós mesmos!
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